sábado, 31 de maio de 2008

eu me recuso

ela disse 'não escrever vai te impedir de pensar ou sentir?'
a resposta é óbvia, mas não: não vou escrever sobre.



- eu só espero dele, no mínimo, um pedido de desculpas. só.

terça-feira, 27 de maio de 2008

devolve, moço

meu coração eu pus no bolso
mas apareceu um moço que tirou ele dali.
não, isso não é engraçado!
um coração assim, roubado, bate muito acelerado

devolve, moço, o meu coração pro bolso! ♪

quarta-feira, 21 de maio de 2008

hoje o dia não tem azul

eu nunca percebi o quanto essa cidade chove, embora meu pai tivesse me aletado sobre isso. ainda mais agora, no outono, é quase regra cair pelo menos um pingo d'água todos os dias nessa cidade. e se não chove, as nuvens tomam conta do [meu] céu, antes azul.
eu estava no caminho de volta pra casa. inclinei minha cabeça para observar o céu pela milésima vez naquele dia. notei algumas nuvens que se aproximavam dessa cidade, mas estavam do lado contrário do qual se encontrava o Sol; não dei tanta importância. mas as nuvens pareciam me seguir. cada segundo na estrada era como um caminho que eu estava traçando para elas, como uma linha pontilhada que elas completavam anciosamente com toda aquela densidade...
nossa, como aquelas nuvens estão negras!...
fui chegando em casa. nessa cidade, as nuvens pareciam ter dominado todo o espaço! ou o céu, de repente, passara a ser branco! branco não, preto! comecei a sentir pavor. nunca escondi pra ninguém o meu terrível medo de raios, relâmpagos e trovões, mas sempre achei ter aprendido a conviver com isso enquanto fui crescendo. o fato é que eu me enganei, e sempre quando nuvens como essa se instalam nessa cidade, eu podia ter certeza que o medo ia crescendo de novo dentro de mim. droga, eu precisava compras umas coisas na rua. como eu ia chovendo? como eu ia chovendo E trovejando?
- não vai chover.
como não? será que ninguém estava vendo aquele céu p r e t o? será que ninguém percebeu que seria uma chuva DAQUELAS? cheguei em casa. 16:30h, estava começando My Wife and Kids, já era um pretexto pra eu pegar no sono e não ser forçada a vivenciar aquele espetáculo que todo mundo acha o máximo, mas eu acho aterrorizante! não consegui pegar acidentalmente no sono, levantava o tempo todo pra ver se o aspecto do céu tinha melhorado, ou se ia começar tudo. tudo estava coberto e preto, mas não caia uma só gota de água. e continuou assim. decidi enfrentar o meu medo e sair. peguei a chave, um guarda-chuva (que não seria suficiente pra conter meu medo dentro de mim caso começasse a trovejar enquanto eu estivesse atravessando a rua, por exemplo) e sai. odeio sair com guarda-chuvas, sempre me são inúteis, e foi mais uma vez. só percebi que tinha anoitecido de verdade quando meu relógio apontou às 19h, puq antes já estava escuro. olhei para o céu de novo, e ele não estava vermelho (como deveria ficar se fosse chover ou trovejar). voltei pra casa, fiz o que tinha que fazer e esqueci a paranóia de ir de dez em dez minutos olhar se vai chover ou não... e até agora eu espero a água que não não chegou no asfalto dessa cidade... pois é: não trovejou. não choveu. nem sequer chuviscou.


assim é com o tempo: planejamos e tentamos manter o futuro intacto que esquecemos daquele momento, daquelas nuvens que estão correndo ali, agora! nos preocupamos demais com o que ainda está por vir, do que com o que está passando. e eu não quero mais perder tanto tempo assim; não quero mais ser assim.

domingo, 18 de maio de 2008

e joga fora o que passou ♪

ontem foi um dia importante. além de ser o meu número - sempre 17 -, aconteceram coisas que a gente não podia deixar passar. mas a gente deixou. a pessoa que mais esteve/estaria comigo durante os dias que faltavam e que provavelmente me acompanharia lá teve os mesmos problemas que eu: a interferência. a pior parte foi saber que os outros notaram o quanto significava pra nós esse evento, e mesmo assim não moveram uma palha pra ajudar - nas próprias palavras do mais vitimado da situação. talvez não fosse pra ser - se fosse, nós estaríamos lá -, mas talvez seja uma chance que não se repita e era realmente importante pra gente (não só pra gente, existiam mais pessoas envolvidas). acho que é melhor a gente não tocar no assunto. podem pensar 'putz, era um show, pode ter outros', mas pra gente era especial. era maria rita, é a Santa! e cada vez que cito, parece que cresce uma angústia. poxa, a gente tinha planjeado isso há mais de um mês... mas eu já fiz uma promessa: vamos enriquecer e contratá-la para um show particular; assim a gente ainda sai ganhando. agora não tem mais jeito. e eu não quero mais tocar no assunto. era só de victor (não fica triste, a gente ainda VAI ver um show dela!) de maria rita (por favor, volte!) que eu queria falar.

sábado, 17 de maio de 2008

filho da ****

ai, quer saber? foda-se.
eu gostei SIM dos beijos, do abraço, da dança e de tudo mais! pronto, assumi. agora dá pra parar de despejar minha frustração no blog que não tem nada a ver com isso.
um dia desses, assistindo avassaladoras, a personagem principal pergunta para um amigo 'mas se tiver gente me oferecendo vinho por todos os lados, o que eu faço?'.
- Ora, FIQUE BÊBADA!



e se você me oferecer vinho de novo, eu bebo ~

eu me permito de novo

eu amo você, mas você tem noção do que acaba de acontecer agora?
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tu vai ir embora e eu não vou
é, tu vai embora e eu não vou. a casa vai ficar vazia e não vai mais ter a gente correndo no corredor, equilibrando uma colher no nariz. tudo bem, eu sei que isso é infantil pra alguém da nossa idade, mas são lembranças. as nossas lembranças. não vamos mais jogar bola no meio da rua, por mais que a gente não jogue faz muito tempo. a casa não vai mais ter cheiro de doce. e o pior de tudo: não vai mais ter diferença. cada coisinha era diferente nessa casa, principalmente os quartos com as pessoas. teu quarto é rosa e tu é preta. se eu abrir a porta não vou mais escutar gritarias e nem chingamentos por causa do meu cigarro; vai ser vazio. lembra quando eu chorei na frente de casa? eu nunca choro por nada. talvez eu chore de novo. vai ser diferente agora: mas não pior, nem melhor. eu quero tu feliz em um lugar onde tu sinta que pertença, que tu chame de lar. eu só queria que continuasse sendo aqui, mas tu vai embora e eu não vou ir.


- texto retirado de 'amores fulgazes'.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

de repente cai o nível

eu nunca tive tanto pra escrever quanto tenho agora.
admito que se tornou uma espécie de terapia, é uma das poucas horas nas quais eu estou me sentindo bem. agora, quero me sentir melhor ainda vomitando aquilo que tá fazendo mal. pronto: aproveito que estou com coragem pra dizer que é foda olhar pro lado e ver que a pessoa que disse que iria estar lá pra me reerguer está ausente... olha, eu não culpo você. afinal, você tá seguindo a sua vida - aliás, eu também deveria estar fazendo agora - mas acontece que eu ainda tenho carinho imenso por você, além de respeito, amizade e todos aqueles sentimentos de garotinha de ensino médio quando gosta de alguém. mas agora você é mais do que isso, não é meu amor? hm, acho que você mudou mesmo e enquanto os TEUS amigos estiverem te ajudando - mas uma vez eu estava certa - você não vai precisar de mim como disse que precisava. acho que eu já aceitei isso (ou talvez esse seja o motivo da minha tristeza sem fundamento). presa, sozinha e sem (lê-se 'quase nenhum') amigos! será que alguém que gosta (ou não) de mim lá em cima tá fazendo planos maiores pra mim, maiores até mesmo dos que eu fiz aqui? talvez meu destino tenha mudado completamente hoje (sonhos são premonitórios às vezes?). acho que to cansando de esperar por você. espera, eu ainda estava esperando? eu ainda estou esperando?



até mesmo a rosa tem espinhos...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

os outros parecem tão... felizes!

você já teve a sensação de olhar pra rua e ver que todo mundo está feliz e é livre, menos você?
você já teve essa mesma sensação durante uma semana seguida?













eu já...

terça-feira, 13 de maio de 2008

deduzindo

- Mas puq ele faria isso assim, do nada?
- Simples: me contaram que ele, uma noite antes, gritava juras de amor pra uma garota. Uma garota que ele era apaixonado, ou é, sei lá... Me disseram também que ele estava bêbado, mas sinceramente? Não acredito que tenha sido nada grave, a ponto dele não se lembrar do que havia feito. Então, na noite seguinte, nós estávamos dançando. Ele a viu passando e ela nos olhou juntos. Qual seria a primeira atitude de vingança de um garoto como ele?
- Se aproveitar da situação?
- Ainda bem que você me entende.

domingo, 11 de maio de 2008

dona Márcia

fico completamente sem palavras pra falar sobre. só sei que agradeço todos os dias por você ter me colocado no mundo (acredite, é muita coragem!). não tenho como pagar todo o carinho, a atenção, o apoio, a vida, a verdade... só sei como retribuir tudo que você têm me dado desde 30 de abril de 1992. e na verdade, todos os dias são seu dia, puq não há no mundo um ser tão especial. I LOVE YOU, MOM!

sábado, 10 de maio de 2008

você vai sentir minha falta quando eu tiver partido?

eu era o tipo de pessoa que ele dizia que tinha amigos que iam ajudar a esquecer rápido, mas eu sempre discordei do ponto de vista dele... é até engraçado, mas adivinha? eu estava certa, mais uma vez. o que acontece agora, na verdade, é completamente o contrário: as amigas dele o estão ajudando, já as minhas não tanto... quer dizer, não nesse aspecto, mas em outros mais graves que estão acontecendo comigo. mas eu também vou embora de vez um dia. e você? você vai sentir minha falta quando tiver partido?

quinta-feira, 8 de maio de 2008

arco-íris


hoje chove. chove muito.
desde que acordei, a chuva cai.
os jornais locais já falam dos estragos,
mas eu vejo mais do que deslizamentos...
vejo os pingos, vejo um céu branco.
(hoje não tem a luz amarela que queima na pele)
e é aí que eu penso:
bem que você poderia estar aqui,
colorindo todo esse céu - meu céu - de azul.





- eu sei, você não viu, mas eu explico o esquema: me abraça, me ama, me beija... cadê você? ♪

sábado, 3 de maio de 2008

uma de lisbela

- Dizem que pra cada mulher que odeia um homem é um ano a menos que ele vive...
- Pois então você tá já se acabando!

não é coisa de momento, raiva passageira. mania que dá e passa, feito brincadeira. o amor deixa marcas que não dá pra apagar. ♪

sexta-feira, 2 de maio de 2008

para o sr.

Você ainda me afeta. Claro! Me afeta de um jeito que não deveria. Me afeta em todos, todos os sentidos. Ainda é em você que eu penso quando vejo a lua, são os nossos momentos que ficaram gravados... Mas isso passa. E vai chegar o dia que nada mais que você fizer vai me afetar. Vai ser o dia que você vai me dizer "don't say a word!", e eu não vou sentir nada. Já que você mesmo está me afastando de você, eu vou cuidar pra que você nem tenha mais tanto trabalho assim. Te alertei, te dei tantas dicas tantas vezes e você não escutou... Você me odeia, não é? Mas eu prometo que não vou sentir mais nada por você. Prometo.