sexta-feira, 17 de outubro de 2008

rosas e vinho tinto

parei de pensar e comecei a sentir ...
de dois anos, para cada segundo [in]contado, as perguntas que, segundo me afirmaram hoje, não param [nem nunca vão parar] de rolar. acontece que fugiu, desencantou em ser tema de qualquer coisa e eu precisei de muito mais do que apenas um [dia, mês, ano ...] pra entender. depois disso, só restou meia garrafa do vinho tinto que eu deixei aberta, deixei azedar, d e i x e i p r a l á [~] arranquei, pacientemente, pétala por pétala [sem esquecer do famoso bem-me-quer/mal-me-quer, afinal, a esperança sempre foi a última que morre] daquele universo que me deram e que eu pensei ser a rainha perpétua. me destruí ao saber de estar só e ser de todo mundo por ser um [ah, solidão! ...] mas apontei pra fé e remei; agora, do outro lado da ilha, as coisas parecem ser tão diferentes. a garrafa de vinho voltou cheia e doce às minhas mãos. só fico feliz em já não arrasada por qualquer coisa não ter dado certo. o barco afundou, não é culpa da tripulação, mas do material que o fizeram: fraco o suficiente pra deixar-se inundar. já eu, só penso em me inundar de vinho. vinho tinto, para combinar com o tom dos meus cabelos e dos meus olhos. e hoje? h o j e eu quero tudo di-fe-ren-te: eu quero redlabel, eu quero o Titanic, eu quero o Tahiti, eu quero ao menos um segundo mais feliz, eu quero mais fé e mais remo, eu quero não sentir o efêmero, eu quero rosas vermelhas.
... nada como um dia após dia, uma noite, um mês ♪

terça-feira, 14 de outubro de 2008

de: raisa le fey. para: amanda lee jones.

Amanda,

Sei que já é por demais comprida a lista de suas funções que você desempenha - com louvor - no deusamenina, visto que é de tua responsabilidade grande parte dos temas, do desenvolvimento destes, assim como é você a minha leitora oficial e melhor critica nossa de todos os dias. Espero que tudo isso seja tão prazeroso pra você quanto é para mim. Porque, nesse momento de Crise Pré-UFBA, peço que aceite mais dois cargos: editora e chefe de publicação, o mais leve dos trabalhos de Hércules quando comparado aos supra-citados. Sem mais delongas, segue o mais recente dos meus textos. Desde já, obrigada.


Meu celular foi claro e objetivo: ele precisa de espaço pra memória; cansou do texto batido que eu relia todas as noites - pra acreditar, pra esquecer, pra pegar no sono. Comando por comando, eu apaguei as juras de amor ao som de LH, e era como se um vento de Artártida viesse soprar em mim, e minhas mãos permanecem quentes.
Meu celular respirava aliviado, pra mim era indiferente. Há tempo não abro a caixa de mensagem, não procuro suas palavras, não canto aquele refrão. É assim quando a gente cansa. Porém, qual não é o meu espanto ao ver que ainda marco presença entre seus assuntos, ainda sou o nome que você dá para pedras e flores, 'Ra i sa' ainda é teu palavrão predileto.Ainda. Só peço, por favor, que não dê um jeito de me responder (à altura). Não me interessa essa guerrilha. Ainda quero ganhar, mas você - como troféu ou como concorrente - não me interessa mais.


P.S.: Como o cargo mooooor que você exerce na minha vida é o de minha amiga perfeita, que entende todas as abobrinhas que eu digo, me responde: É A MEMÓRIA DO CELULAR DELE QUE É GRANDE, OU O MUNDO DELE QUE - DE TÃO PEQUENO - CABE EM QUALQUER BURACO?

- a memória que é grande.