sábado, 21 de junho de 2008

misturando bons sonhos e doces realidades

'é simplesmente incrível como algo tão doce
veio e entrou na minha vida;
eu fui beijada pelo destino. o céu me salvou
um anjo foi posto aos meus pés ...' (8)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

sábado, 14 de junho de 2008

quão cedo é agora?


quando você diz que vai acontecer agora
bem, quando exatamente você quer dizer?
é que eu já esperei tempo demais
e todas as minhas esperanças já se foram ...

terça-feira, 10 de junho de 2008

e então o [nosso] mundo girou

era você me puxando pela mão, me guiando para o centro da pista de dança. era uma luz forte, a musica alta. era o meu queixo repousado sobre o teu ombro direito, era o teu cheiro invadindo meus pulmões e, de repente, era a sua boca na minha. era o beijo. era a nossa dança, era eu te pedindo pra me acompanhar e era você seguindo. era a nossa conversa, a nossa risada, as nossas respostas e até mesmo o nosso pessimismo. era a sua mão direita bricando com a minha blusa e com a minha cintura e tua mão esquerda na minha nuca. eram teus dedos entre meus cabelos. era a tua língua na minha língua... era você me puxando contra seu corpo, eram as pessoas olhando e você me abraçando pra me sentir e fazendo com que eu te sentisse também. eram tuas mãos no meu cabelo, tuas mãos em meu rosto, tuas mãos em meu corpo, tuas mãos nas minhas costas, tuas mãos... era a necessidade e o vício batendo em minha porta, era a saudade avisando que ficaria por um tempo. era você me deixando envergonhada, era você me deixando nas nuvens. eram tuas palavras que até hoje soam em meus ouvidos. era a lua se escondendo de nós. era o sonho se convertendo em toda a intensidade possível, era a dose de vida mais perigosa e sublime que já provei. era a pedrinha rolando do alto da montanha, mas era a gente. é a gente.



gostei do seu charme e do seu groove
gostei do jeito como rol[a][ou] com você
gostei do seu papo e do seu perfume
gostei do jeito como eu rol[o][ei] com você

sábado, 7 de junho de 2008

/encantado.

'necessidade é uma coisa estranha...
por exemplo, agora: você não me
conhecia nem eu conhecia você,
mas pode ser que depois de hoje
você tenha necessidade de mim...
e eu de você.'

um par


00:35h:
- anda logo, vocês dois! vão dançar!


01:10h:
- você tem facilidade pra decorar as coisas, não é?
- só as que eu gosto... A-man-da.
- ui. tu é sempre assim ou eu tô tendo sorte?
- olha pro céu. tá vendo a lua?
- não.
- então, eu não sou de lua :)


02:27h:
- gostei de você, gostei de te conhecer. também gostei muito de conversar com você, ainda que na maioria das vezes você só tenha me respondido um sorriso.... não um sorriso, mas todo esse sorriso seu.
- você está me deixando sem palavras...
- então sorri pra mim?!


07:01h:
- se o homem já pisou na lua, como eu ainda não tenho seu endereço?

domingo, 1 de junho de 2008

não me importa se está certo ou errado

eu fui caminhando até ele. ele se mantinha numa pose firme, seguro de si, cheio de orgulho e de vontades. e eu... eu não sabia o que fazer. para cada passo que eu dava, sentia o medo me invadindo. e tudo aquilo puq eu sabia que era só ele me dizer uma palavra e eu me renderia. então, ele me abraçou. senti de novo aquele cheiro, uma mistura de shampoo e perfume. aquele cheiro me trazia tantas lembraças, tantas dores passadas.... senti também suas mãos se encontrando nas minhas costas, e o sua respiração tocando levemente na minha face. por um segundo, pareceu só existir nós dois no mundo. sua boca tocou minha bochecha, por impulso (o mesmo impulso que o fez me abraçar). então ele olhou pra mim. ai, era essa a minha tarefa mais difícil! aqueles olhos penetrantes me cortavam a alma, mas confesso: era a dor mais doce que eu já havia sentido... ele sabia disso, sabia o poder que tinha sobre mim. e ele veio exercer esse 'poder'.

ele me arrastou até a sala. literalmente, me pôs contra a parede e me deu um beijo demorado, um beijo com vontade, um beijo forte, apaixonado. eu pensava no meu vestido sendo amarrotado enquanto ele deslizava as mãos pelo meu corpo, sentindo cada pequena curva minha. beijou meu pescoço, soltou meus cabelos. levou a boca até meu ouvido, murmurou um 'eu te amo', daqueles ensaiados na frente do espelho. me deixou louca. louca. ele sabia exatamente o que precisava fazer pra eu me entregar, e eu, fraca, não resisti. eu me sentia segura nos braços dele, tinha vontade de ficar daquele jeito pra sempre, eu estava vivendo o meu sonho mais oculto e não queria acordar. eu me envergonhava disso. me envergonhava profundamente de ter que admitir que ele era dono do meu coração. eu não podia fazer mais nada pra mudar a situação.

ele se levantou. acendeu um cigarro e o pôs na minha boca, enquanto ele tomava o vinho tinto que havia restado da noite anterior. se deitou ao meu lado, permaneceu calado, e eu não tinha coragem de quebrar aquele silêncio. só senti, alguns minutos depois de eu ter jogado o cigarro apagado no tapete, a língua dele na minha. era a nossa despedida. era o beijo que eu e ele iríamos guardar pro resto de nossas vidas. levantei, ajeitei meu vestido, o abracei, disse um 'adeus' frio, sem sentimento algum, e senti que ele assistia a minha partida. eu iria voltar; só não sabia quando. enquanto isso, o vinho o esquentava e o meu cigarro me reanimava. eu iria voltar pros braços deles, assim como ele voltaria pra mim. ele sempre voltava, e eu também. eu também.