sábado, 28 de fevereiro de 2009

irresistível


tem certas coisas que a gente não consegue controlar
comer um fruto que é proibido, você não acha irresistível?

na ponta dos pés, tento alcançar a maçã mais alta. a mais
vermelha. a que mais me agrada os olhos. e me esforço.
e caio. e levanto e tento de novo. e estendo a mão, esperançosa,
que finalmente toca de leve no meu objeto de desejo. e suspiros.
e alívio. e um certo prazer ao encostar meu lábio ao primeiro pedaço.
e alguém me grita:
- não! isso é pro-i-bi-do! é pecado!
e me irrito. por não poder provar em paz do veneno que busquei
pra mim. e me frustro; eu quero sentir esse sabor, mesmo sabendo
que é proibido. puq quero descobrir o paraíso sozinha. puq
quero me arriscar a conhecer o perigo. não importa dores futuras,
estômago, intestinos ... e daí se me fizer mal?
que seja pecado, então.
és meu dom; o meu mais puro dom ...


nesse fruto está escondido o paraíso. pa-ra-í-so ~

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

contra-indicações


e o grito de 'socorro' sufocado/escondido por de trás do
sorriso-cotidiano mais sincero-forçado faz o estrondo
da rosa de Hiroxima. calado. devastador. aquele que
consome. o grito saí da alma, passa pela saudade,
pela solidão, pela preocupação e estaciona no desespero.
no som do meu estribilho. e risos. e era só porque eu não
sabia que amor e distância não se deve misturar no mesmo
copo.

- duas pedras de gelo, por favor!




será que amor e distância não se misturam mesmo? trocar amor por quilômetros, que pecado! duas pedras de gelo, pra anestesiar tal sintoma, é pouco. não, amor e distância deve-se beber puro, sem gelo, sem anestesias. talvez não possam mesmo ser misturados ou talvez unir com cuidado, muito cuidado. é como destilados e fermentados; sempre ficamos bêbados. mas, não é isso que deveríamos sentir? deveríamos, mas misturar o amor e a distância no mesmo copo é muita maldade.
[diário de um príncipe hipocondríaco - 28.04.2008]

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

bloqueio

relendo os textos antigos, vi como o tempo muda muitas coisas [e como não muda nada]. alguns leio pensando 'essa não era eu, perdi meu vocabulário', outros leio e dou risada. alguns prefiro nem ler, viro o rosto com gosto e cheia de prazer em dizer 'nunca me senti assim realmente, era só escrita, só'. parte das coisas eu não sei por onde se perdeu, outras eu não sei onde se anexaram e tudo se confundiu. não sei mais puq me mantenho tentando escrever algo que não sou, que não sinto, que não vivo. já não há os mesmo motivos de antes ... não dói mais, não sangra mais. tudo ficou simples, mudado, falso e fingido. não sei do que escrevo, não sei puq escrevo, não sei pra quem escrevo. não existe algo, motivo ou explicação. não existe mais nada. o que estava aqui até ontem de-sa-pa-re-ceu. e o que eu faço com todas as coisas que fiz, que planejei, que tentei manter e mudar? todas elas são completamente inúteis. as coisas que me faziam viver [e morrer] se foram e eu já não sei de nada mais, de nada mais, demais nada, de nada demais, de mais nada mais ...



p.s.: aos que ainda me mantêm sã: brigada, não sei como me suportam.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

parabéns ^^

01/02/2009 - 18 anos do meu amor ~
então, feliz aniversário pro meu namorado;
Pedro ♥

pro meu bebê
que se tornou agora
um homem;
o meu homem.