quinta-feira, 1 de julho de 2010

tudo o que eu queria lhe dizer [e mais um pouco]

Mr. Moonlight [ainda que eu concorde ser um ABSURDO TOTAL manter este codinome pra você, será esse o meu vocativo]:

Hoje, voltando pra casa depois de todas aquelas aulas exaustivas mas que eu adoro, eu pensei em você. Não sei exatamente puq, mas pensei [enquanto ouvia o cd novo da Aguilera]. Mas não pensei com mágoa, não. Pensei até de uma forma bem bonita ... Algo tipo futurístico, meio que júpiter encontrando saturno, todos os nossos planos finalmente saídos de um papel de pão velho e convertidos em verdade. Enquanto sorria pra mim mesma, os mesmos pensamentos se foram. Hoje não: não espero que você me ligue de repente num sábado à noite só pra ouvir minha voz ou bata na minha porta no momento exato em que eu for me suicidar. Não espero que tua vida seja um fracasso daqui por diante, que você se arrependa e reconheça que eu sempre estive certa e eu - realmente - não me importo se você vai até o aeroporto me impedir de pegar aquele avião [Casablanca, última cena]. Eu sorri pra mim mesma e concordei, sem deixar escorrer uma lágrima: now, it's really really over. A gente poderia ter sido tão bonito ... Mas este é o ponto fundamental; é justamente isso que nos torna tão bonitos assim, não? A coisa mais bonita, feito dois igual a um; segundo teus planos, num domingo à tarde contar para as crianças "como papai e mamãe sofreram separados por anos, enfrentaram barreiras, tempos, concorrências até finalmente ficarem juntos e seres felizes para sempre". Desculpa, cara: eu JÁ sou feliz pra sempre. E o que é melhor: sem tudo isso. Eu pensei, mas já nem lembro de você. Não quero que enxergue isto com teus olhos julgadores, não. Apenas enxergue. Ou melhor: SINTA. Isto não é pra te atingir, mas pra ME atingir. É apenas pra e por mim. Tuas palavras ainda ecoam, mas já tão distantes que eu quase não as escuto [ou talvez seja a tal voz mais forte que soa tão perto de mim e me impede de continuar te ouvindo]. Discorde, se quiser, mas aquele nosso velho e doentio jogo finalmente acabou e eu não me importo em ser a vencedora desta vez. Okay, nós sempre teremos o porto. Mas você - definivamente - não me tem mais.

e agora, Mercedes? separados, quem somos? somos um programa de televisão que saiu do ar e como ninguém desliga o aparelho de tv, fica aquele chiado incomodando no escuro? somos a lembrança de um beijo que não foi dado? se você não queria ser infeliz comigo, saberá ser infeliz sozinha?


[Musa Híbrida; 04/06/2010]


Um comentário:

amanda lee jones disse...

"ainda volto a lhe escrever
pra dizer que isso é pecado
eu trago o peito tão marcado
de lembranças do passado
E VOCÊ SABE A RAZÃO"

#chico