Meus pés em vida própria me lançam em alto mar, de repente sou caravela sem tripulação percorrendo rotas num ritmo intenso. Mas agora eu já sei onde chegar; não finco minhas bandeira em território desconhecido nem conto vantagem antes de constatar minhas descobertas. Pedantemente, me atiro ao embaçado; eu quero enxergar nítidos os novos tons de quem reconstroi as molduras mais além e restaura as pinturas em cores vivas, tão vivas quanto o próprio sangue. Coragem para continuar o percurso, eu entendo sim os sinais. Os bons ventos me ajudam, as correntes não me traem e eu desembarcarei firme no meu destino assim que o avistar.
Um comentário:
para Felipe Arize, com carinho.
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