sexta-feira, 26 de novembro de 2010

fênix

dedicado à Thaís Alves


Um certo dia, te vi bonita entre os outros, mas era tão bonita que meu sentimento de insignificância não me permitia aproximação. Algo no jeito que voava, que transbordava felicidade, que se relacionava com as outras aves me deixava a imaginar como um pássaro desses é raro. Enfim, eu sei que muitas vezes observei teu nicho; ao mesmo tempo que me intimidava, me dava coragem de ir atrás.
Então, um dia, eu te vi pegando fogo. Não podia crer: uma ave linda, vistosa e feliz estava ali, entrando em combustão espontânea bem diante de mim. As chamas aumentaram e brotou em mim uma força, fazendo-me cessar o fogo. Calma e paciente, observei as cinzas ainda quentes e esperei até poder tocar. Surpresa, ao quase tocar nas tuas cinzas, eis que você renasceu ali, mais bonita do que eu costumava lembrar. Você estava se refazendo aos poucos e, embora inacreditável, era este o meu desejo desde o princípio. Só depois pude entender que vocês - as fênix - quando atingem um grau máximo de experiência, necessitam ser consumidas pelas chamas e aí, sim, florecem ainda mais lindas, mais vistosas, mais felizes! E foi assim que me aproximei mais e não te deixei sozinha; quando você precisar se reciclar novamente, estarei aqui pra amparar.

Thaís, eu confio na tua capacidade de se reinventar. Não te deixarei desamparada enquanto puder e pode ter certeza: ainda há muito o que se viver. Avante, amiga!

3 comentários:

Alter- ego disse...

Tu nao sabes o quanto tuas palavras me reconfortam.Me fazem me sentir mais viva do que realmente estou.Me dao forças para renascer tal qual a fenix que você pintou de mim.

Fabrícia disse...

Pergunto-me como consegue se superar a cada produção. Talvez seja porque o infinito permeia o teu ser. Não digo que sou tua fã núemro 1, já que devem existir aos montes, mas sim aquela que ocupa a posição representada pelo mais próximo dos números desde a origem, aquele número que de tão pequeno chega a ser desprezado e só observa como o infinito, tu, pode ser tão imenso e almejado por nós, simples números complexos.

amanda lee jones disse...

Fab tenta sair da área 1, mas a área 1 NÃO SAI de Fab! x)

obrigada, meus bens ♥