sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

adeus II

Meu coração morava numa fogueira, sempre naquela velha dor que queimava lenta e eu pedi tantas vezes pra que doesse de vez que, quando o dia chegou, eu quase não suportei. Quase. Resolvi meus desafetos e ignorei falsas preocupações de dias depois; tenho vivido feliz até hoje as horas que você havia roubado de mim.
Hoje decidi - pela primeira vez - abrir nosso baú do tesouro que ficou lacrado durante todo esse tempo: li cada palavra das tuas frases feitas, das nossas noites perfeitas, as juras de amor ao som das tuas músicas preferidas e todos os planos de me raptar e vivermos felizes para sempre ... E, para a minha surpresa, nenhuma gota de água salgada escorreu dos meus olhos. Partindo pra outro local sagrado, precisei deletar todos os vestígios da nossa falsa paixão e eu sorria a cada nova frase, sorria como uma criança quando ganha uma linda boneca nova. Então, descobri que não havia ódio, raiva ou qualquer sentimento negativo por você, mas o contrário: eu me vi feliz, relembrando nossas bobagens e nossos segredos mais profundos, pensando que talvez nós poderíamos continuar sendo invencíveis, como eu julguei um dia.
Olhando para trás, hoje eu enxergo que os outros deixaram nosso castelo intacto. Lamentável mesmo foi nossa decisão de derrubar cada bloco, fazendo questão de nos destruir. A verdade é que eu sinto falta daquela pessoa que me prometeu sua infinita amizade e é por isso que eu te agradeço cada segundo que você pode me fazer sorrir, até mesmo quando não estava mais ao meu lado.
Obrigada por tudo, meu amigo!


10/12/2009; 02:33h am.

Nenhum comentário: