sábado, 16 de março de 2013

O Ponto ou Entre Parênteses

O que eu perdi. Não sei dizer ao certo onde foi que eu (me) perdi. Existiu algum ponto em que eu deixei passar (muita) coisa e perdi tanto que já nem sei mais por que caminho segui ou quem fui um dia. Os sentimentos velhos (e aqui não se conota o sentido de "antigo"; eles são, de fato, velhos) tornaram-se tão alheios para mim ou fui eu quem diminuiu tanto até fazer com que eles já nem me coubessem mais. As pessoas não são as mesmas. As coisas são não as mesmas. . Por que será? Tudo aquilo em que eu acreditava cegamente foi descontruído sob minhas vistas (aliás, o que passei bradar não mais acreditar, de verdade sumiu de mim); qualquer forma de sentimento hoje me é estranha e eu me sinto mais estranha ainda porque sei que, um dia, fui capaz de sentir tudo isso. Meus argumentos são falhos (e até eu mesma me permito falhar com mais frequência do que antes). A desistência também é frequente. Nada mais importa. Eu me sinto bem (mas não me sinto feliz).

Um comentário:

Rodrigo Mota disse...

Não sei nem como descrever minha sensação te lendo, Cunha. Como sempre, vc subvertendo/rompendo/transgredindo as expectativas! Escreva eternamente!

Amo você!
<3